As inscrições para a próxima edição do Femusc terminaram na noite da última quarta-feira, 31, consolidando, mais uma vez, a importância do festival no cenário mundial. Dessa vez, o evento mobilizou quase 1,5 mil alunos de 32 países.

Conforme o diretor-artístico, Alex Klein, a diversidade é critério importante para o plano artístico e pedagógico do Femusc. “Ela afasta o fantasma do elitismo e garante a cada aluno a oportunidade de não só aprender com professores, mas também de observar o desenvolvimento de colegas em outros países”, explica.

Batendo o próprio recorde de inscrições, o Femusc fortalece ainda mais o título de maior festival-escola de música da América Latina e também uma das grandes iniciativas mundiais no segmento.  “Ele é único, é especial e não é uma mera cópia de festivais de outros países na vã esperança de adquirir em nosso país um resultado semelhante ao que ocorre no exterior devido às circunstâncias específicas daqueles países”, complementa.

Segundo Klein, o sucesso e abrangência se devem à insistência dos organizadores de que o Festival de Música de Santa Catarina tem raízes firmes na realidade brasileira e latino-americana. “Nossos números indicam que é grande a probabilidade de alunos brasileiros e catarinenses terem uma experiência cultural memorável e intensa, o que lhes faz evoluir como pessoas”, destaca.

Em 2020, o Femusc acontecerá de 19 de janeiro a 1 de fevereiro. Na próxima edição, paralelamente ao Programa de Música Erudita, haverá um espaço dedicado à música popular, com novas turmas de piano e teclados, violão, guitarra e cordas dedilhadas, bateria e percussão, canto e expressão corporal, baixo acústico e elétrico e saxofone e flauta.

No repertório, estarão obras como a 2ª Serenata, de Johannes Brahms, a 9ª Sinfonia, de Ludwig van Beethoven, e o Concerto para Oboé e Pequena Orquestra, de Richard Strauss. Nesta, o solista será o diretor-artístico do Femusc, que, em 2001, ganhou o único Prêmio Grammy brasileiro na Música Clássica com a gravação da mesma obra, na época, executada pela Orquestra Sinfônica de Chicago, sob direção de Daniel Barenboim.

A relação de alunos aceitos deve ser divulgada, em primeira chamada, na próxima semana. Todas as inscrições são submetidas a análise por parte de um colegiado composto por 22 professores. Exclusivamente para o Programa de Música Popular, que é uma das novidades do Femusc para 2020, ainda há alguns instrumentos com vagas abertas. Para se candidatar a elas, basta acessar o site do festival.

Números

O processo de inscrição do Femusc foi finalizado com 729 candidatos brasileiros, que representam 23 Estados, ficando de fora apenas Acre, Tocantins, Amapá e Alagoas. Santa Catarina é o segundo da lista, com 90 alunos, atrás somente de São Paulo, com 218.

Entre as nações, o destaque, de acordo com Klein, é Moçambique, com nove alunos provenientes do programa socio-orquestral Xiquitsi. No topo do ranking, atrás somente do Brasil no número de inscritos, estão Colômbia, Argentina, Chile, Peru, México, Venezuela, Costa Rica, Paraguai e Uruguai e Bolívia. Também foram citadas nações como Austrália, Equador, Cuba, Honduras, Estados Unidos, Portugal, El Salvador, Coréia do Sul, Porto Rico, República Tcheca, Itália, Panamá, Bulgária, Canadá, Guatemala, Nicarágua, Polônia, Rússia, Hong Kong e Espanha.

O recorde anterior de inscrições era de 1308 provenientes de 28 países. “Os nossos números para 2020, mesmo que já em recorde, ainda são parciais. Temos ainda o coro, o Femusckinho e o Femusc Jovem, programas estes virados para a comunidade e que cada vez mais se misturam ao festival”, ressalta o diretor-artístico.

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